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Análide da Mandala

Expressando nossa raiva interna.
Segundo Fincher a árvore é um símbolo da vida, sempre abundante e auto renovadora. São consideradas sagradas. Acredita-se que certas árvores fossem oráculos, cuja voz podia ser interpretada somente por um sábio.

O crescimento ascendente dos ramos da árvore é compensado pela expansão de suas raízes para baixo. Isso faz dela um símbolo adequado da ligação entre três diferentes níveis de realidade. O mundo subterrâneo do inconsciente, o mundo intermediário da superfície e ta consciência desperta e o mundo superior do céu ou da consciência transpessoal.

Liga diferente níveis de realidade, é chamado de axis mundi ou eixo do mundo.

É a ponte ou escada pela qual a alma pode alcançar Deus (Cirlot, 1962)

Por isso, a árvore também é um símbolo da conexão com Deus. Para Jung a árvore é o símbolo do arquétipo do Self. Esre podia ser considerado a imagem de Deus que existe dentro de cada pessoa.

Jung diz que se a mandala  pode ser descrita como um símbolo do self visto  que a árvore representaria uma visão de perfil. O self retratado como um processo de evolução.

Jung considerava a árvore um símbolo da ânsia que cada um de nós tem de evoluir e realizar uma imagem interior de totalidade que reflete a perfeição de Deus.

A árvore é rica em simbolismos. Algumas de suas associações mais comuns são enumeradas por Jung:
Crescimento, vida, desdobramento da forma num sentido físico e espiritual, desenvolvimento, crescimento de baixo para cima e de cima para baixo. O aspecto maternal( proteção, sombra, abrigo, fruto que alimentam, fonte da vida, solidez, permanência, enraizamento estável, mas também estar radicado no local), velhice, personalidade e, finalmente, morte e renascimento.

Na mandala, a árvore é uma imagem da própria pessoa, bem como um símbolo do Self.

A árvore pode incorporar indicações de danos esquecidos, em galhos partidos ou buracos no tronco (Hammmer, 1975).

A capacidade de interagir bem com os outros pode ser revelada por um extenso pálio de ramos.

Uma árvore sem folhas indica uma fase inativa em que, como acontece  com a árvore do inverno, e energia doadora de vida está recolhida em raízes ocultas.A árvore desenhadas retratam o eu como um todo: seus aspectos físicos, emocionais e espirituais.

Toda a produção gráfica leva a marca da vida psíquica do indivíduo, mas como explicar isto?, como explicar que a pessoa pode capturar o seu caráter numa escritura ou em desígnio gráfico? que mecanismo é?, quais são as causas?....

O desenhos projetam o seu interior, carregado com toda a informação inconsciente (às vezes semi-inconsciente) que surge do mesmo sujeito,a árvore expressa as relações que existem no inconsciente do sujeito.

Muitas das interpretações que K. Koch fez do Teste daÁrvore estão muito relacionadas com essa grafologia.

Por exemplo:
As áreas; A qualidade das linhas do desenho; O local na folha Graf Wittgentein fez uma valiosa contribuição ao teste da árvore. Deixou-nos um método de medição baseado na teoria que o desenho de uma árvore podia não só refletir a situação momentânea do sujeito, mas também poderia descrever o tempo e ocorrência de um trauma no seu desenvolvimento. Supondo que:1- a altura da árvore representa a idade do sujeito.2- todas as medidas verticais são proporcionais ao tempo o desenho de uma única árvore representará o sujeito; a sua vida interior, os traumas, as recordações, a forma de se relacionar.

Medimos a distância que existe entre a raizou chão da árvore e a zona do tronco no qual aparece onó, fenda, ramo cortado, ou qualquer outro tipo deacidente o número obtido desta operação dar-nos-á aidade do sujeito quando viveu um facto traumático detranscendência na sua vida, o qual deixou marcas.

A análise do desenho da árvore é realizada através de cinco partes do mesmo:o tronco, a copa, as raízes e o solo.

O tronco tem uma importância muito significante pois é por meio da sua observação que poderemos avaliar:
1- O Nível de Força Yoica - permitirá que o sujeito seja firme à realidade, preservar os objetivos e metas do seu eu, poder sobrepor-se ou resistir às frustrações e pressões que resultam da sua interação com o meio que o circunda

O Nível de Estabilidade Emocional – é definitiva a presença e o nível de conflitos associado à susceptibilidade, a vulnerabilidade, a sensibilidade, a rigidez emocional, a adaptabilidade, etc.

3- O Grau de Auto-evolução - que é como o sujeito está nesse momento, o seu critério de realidade, a força dele, a capacidade para controlar impulsos e emoções. Por conseguinte, o tronco dará conta dos aspectos mais conscientes do psiquismo do sujeito.

O tronco é o que sustenta, representa o eu psíquico,consciente, as reações afetivas. Isto simboliza a personalidade de cada sujeito.

Na observação do tronco contemplaremos as seguintes variantes e a sua interpretação:Perfis,sombras (dentro do tronco), acentuações ou remates (nos lados do tronco), superfícies ou casca se contorno do tronco.

Tronco Direito Até a Base:
Sujeito com horizontes limitados, rigidez, artificialidade,elasticidade reservada, obstinada, sistemática,convencionalismo, habilidade para o abstrato,rígido, infantilidade e imaturidade

Tronco Direito à esquerda e curva à direita:
Sujeito com personalidade rígida para consigo mesmo, mas com os outros é amável, falador, mais aberto e menos exigente.

Tronco Direito e curva a esquerda: Sujeito que apresenta rigidez e indiferença, certo grau de dificuldade em comunicar

Tronco com Ambos os lados Côncavos:
Sujeito emotivo, sensível,desejoso de comunicar com os outros,extrovertido

 

Tronco com Ambos os Lados Convexos:
Sinal de vaidade,narcisismo de adoração do ego

 

Tronco Muito Largo:
Forte afirmação do eu. Atua de forma impulsiva

 

Tronco Muito Estreito ou Magro:
Sujeito muito sensível, possui um grande refinamento. É importante mencionar que este tipo de tronco, apresentado em conjunto com uma linha alta comoo pescoço da girafa também poderia ser indicativo de psicose. Para este último caso é bom observar o grupo das linhas.

 

Tronco que se Estreita:
Sujeito que se sente oprimido, angustiado. Indicador geral de pressão angustiosa do eu. É bom lembrar que neste ponto em grafologia, todo o sofrimento é indicativo de opressão, de si mesmo ou do ambiente

 

Tronco em Linhas Brisados:
poderíamos estar frente a um caso de problemas próprios da idade do sujeito, ou de saúde como poderia ser colesterol alto(as artérias estão estreitadas, etc). Nalguns casos pós-operatórios é comum observar brisados nos traços do sujeito. Em geral, obrisado será um indicador de angústia

- Tronco Largo para cima:
Indicador de masoquismo

 

Tronco alargado na Base Direita:
O sujeito mantém uma atitude opositora, quase constante e sistematicamente. Cauteloso,obstinado.

Tronco alargado na Base Esquerda:
O sujeito carrega a influência da figura materna e do seu passado pessoal e individual

 

Tronco alargado na Base em Ambos os Lados:
Devido a certos traumas, o sujeito vive sentimentos de contradição interior. Há nele uma notável diferença entre o seu pensar e o agir.Problemas para a aprendizagem, trôpega forma de pensar, transtornos no desenvolvimento

Tronco de Base Larga:
Sujeito com necessidade de apoio, falta de segurança,temor à morte. Mais prático que teórico

 

Tronco Sombrio à direita:
O sujeito é delicado no tratamento social, mas é importante destacar que o seu sombreado é produto de uma atitude violenta, então indicará agressividade para o outro.

Tronco Sombrio à esquerda:
O sujeito tem uma cota importante de fantasia, de sonho, de delicadeza, mas igual ao caso anterior, o seu sombreado é produto de uma atitude violenta, então indicará agressividade mas para si mesmo (auto-agressão).

Tronco com Sombreado Parcial ou Total:
Estado de depressão, de solidão, de angústia. Quanto mais forte e marcado é o sombreado, mais nos indicará a tendência para o suicídio

Tronco com Acentuação Direita:
O sujeito vive em conflito com o meio que o rodeia. Se há excesso de ênfase indicará tendências obsessivas e agressivas.

2 – Tronco com Acentuação Esquerda:
O sujeito dá importância maior ao seu mundo interior. Por tal razão a sua aproximação para o outro e a forma de enfrentar as situações será muito subjetiva.


Tronco – Casca

A casca constitui um elemento de proteção, é a cobertura do tronco.

Esta superfície torna-se a zona de contato entre o interior e o exterior, entre o eu e o mundo que os rodeia.
Podemos pensar que a qualidade ou tipo de casca ou cobertura nos darão informação das diferenças que podem existir na atitude interior e no comportamento externo.


Tronco – casca
Casca Manchada
.Sujeito que experimentou muito sofrimento na vida. Indicador de traumas, angústias, falta de claridade e de visão adiante. Visão negativa do futuro, geralmente baseada num passado doloroso e traumático que não lhe permite solidificar razões de esperança.


Tronco – casca
Casca em Linhas Angulares
Denteadas, Retas, Agudas.
Sujeito com uma grande susceptibilidade. Mordacidade,vulnerabilidade, obstinação,agressividade, reação, sensibilidade à menor critica, pungente, rude.


Tronco – casca
Casca em Linhas Curvas,arqueadas, Arredondadas
.Sujeito com facilidade para os contatos interpessoais, simpatia,caráter aberto, boa disposição para adaptar-se.


Tronco – contorno
Ambos os Contornos Ondulados.
Sujeito com uma vivacidade saudável, de fácil adaptação ao ambiente, às circunstâncias. Se as ondulações são complicadas, com nó e cortes (ou outros acidentes) nos indicará que é um sujeito que escapou evita aqueles que se aproximam dele ou estão frente a si.


Tronco – contorno
Ambos os contornos Difusos,retocados, Soltos, Sem Unidade
Sujeito com uma grande cota de sensibilidade e sensitividade. Pode entender-se intuitivamente com o exterior ao mesmo tempo que tem boa disposição para identificar-se. Existe no sujeito uma confusão ou falta de claridade quanto aos seus limites (o eu para o outro, o eu para o objeto),poderá existir um conflito ou falta de claridade na identificação.


Tronco – contorno
Contorno Irregular à esquerda ou à Direita.
Sujeito vulnerável. Existem certos conflitos, inibição, dificuldades na adaptação. Encontram-se este tipo de traços, em sujeitos teimosos, de caráter difícil, obstinado.


Tronco – contorno
Ambos os Contornos Angulares.
Sujeito com uma forte oposição ao meio. Agressivo no contacto com os outros. Não se deixa penetrar. Difícil no contato. Imposição violenta.
Contornos do Tronco e de Copa Interrompida.
Sujeito irritável, explosivo, nervoso,impulsivo, impaciente, frágil.


A Copa
A Copa da árvore representa a fantasia do sujeito, o tipo de atividade mental, o mundo do pensamento, a espiritualidade, e como o sujeito concebe a realidade.

A copa encontra-se na parte superior do desenho, essa 1ª zona encontra-se dentro do espaço do super-ego.

Então podemos dizer que toda a alteração ou conflito que o sujeito experimente no seu pensamento, se refletirá nesta zona.


A Copa

A copa é constituída por dois elementos que são:
1.
A  Folhagem.
2.
Os ramos.


Copa – folhagem
Copa em Arcada com Cacho
Atitude defensiva acompanhada por diplomacia e sedução na forma de exteriorizar. Há no sujeito habilidade para esconder aquilo que não quer que seja conhecido, ou por defeito deixa as coisas a meio para dizer.


Copa – folhagem
Copa em Arcada
Indicador por excelência de atitude defensiva. São sujeitos com uma personalidade formal. Grande controlo com tudo aquilo que tem relação com a espontaneidade das emoções e dos sentimentos. Estes sujeitos fazem um grande esforço e empenham-se para causar boa impressão antes dos outros.Cuidam da sua imagem e filtram tudo aquilo que vão exteriorizar.


Copa – folhagem
Copa Grande ou Muito Grande
Em geral estas copas são desproporcionais;nos darão indicação de um sujeito extremamente imaginativo, narcisista, vaidoso, exibicionista.
Copa Pequena
Este tipo de copa é geralmente observado em crianças pequenas. Estas são normais até aos 8a 10 anos, mas se aparecerem em jovens ou adultos, nos indicará regressão, fraqueza mental,infantilidade.


Copa – folhagem
Copa Aplanada na Zona Superior
Estes sujeitos encontram-se debaixo de grande pressão que causa efeito de complexo nele; eles podem levar a inibições importantes dentro de alguma área da sua personalidade.
Copa Aplanada na Zona Direita
Indicador de que o sujeito experimenta uma sensação de vazio a qual interfere nas suas relações externas com o ambiente.Normalmente são sujeitos de personalidade triste e deprimida.


Copa – folhagem
Copa Aplanada na Zona Esquerda
Sentimento angustioso de vazio interior. Não encontra (ou é difícil fazer) significado para a sua vida. O futuro nem não apresenta grandes desafios nem esperanças. Não há horizontes nos seus planos.


Copa – folhagem
Copa Equilibrada
Este tipo de desígnios, podem dizer que não haverá algum detalhe que nos chame a atenção em especial. Existe aqui desde uma boa proporção já que não há predomínio de nenhum lado em especial. Será então indicador de boa relação do Eu-não Eu, evita, certo grau de transparência entre o que o sujeito mostra e o que é na verdade.


Copa – folhagem
Copa Comprimida nos Lados.
Aqui há uma sensação de opressão, poderá também haver um sentimento de culpa que oprime o sujeito, e por conseguinte inibe a capacidade de reação
Copa Caída sobre o Tronco.
Existem no sujeito falhas na vontade. Sentimentos de abandono e frustração
Localização


No meio da página: Indica pessoa ajustada. Crianças que desenham no centro da página mostram-se mais autodirigidas, autocentradas.

Desenhos fora do centro da página: Pessoas menos centradas mais dependentes.

Desenho em um dos cantos: Pessoas fugindo ao meio. Pode indicar fuga ou desajuste do indivíduo ao ambiente

No eixo horizontal, desenho mais para a direita: Comportamento controlado, desejando satisfazer suas necessidades e impulsos, prefere satisfações intelectuais aas emocionais.

No eixo horizontal, mais para a esquerda: Comportamento impulsivo procura satisfação imediata de suas necessidades e impulsos.

Na linha vertical, acima do ponto médio: Desajuste com possibilidade de reagir ao mesmo. Acha que está lutando muito, seu ideal é inatingível; tende a procurar satisfação na fantasia, em vez de na realidade; tende a manter-se alheio e inacessível; espiritualidade

Abaixo do ponto médio da página: O individuo sente-se inseguro e inadequado, em depressão; preso a realidade e ao concreto, firme e sólido; materialismo.

Figuras dependuradas nas margens do papel (como janelas dependuradas das bordas das paredes): Refletem necessidade e suporte; medo de ação independente; falta de auto-afirmação do sujeito


SIGNIFICAÇÃO DAS CORES
Quanto à variação:

Preto e branco - Ansiedade, depressão, grandes temores.

Cinza - Tristeza, insatisfação.

Azul - Tranqüilidade, racionalidade.

Vermelho - É a cor mais emocional. O interesse pelo vermelho decresce, à medida que a criança supera a fase impulsiva e ingressa na fase da razão e de maior controle emocional.

Verde - Criação, reprodução

Amarelo sol - Força, energia, estabilidade, euforia.

Alaranjado - Desejo de contato, repressão da agressividade,desejo de simpatia; mais fantasia que ação.

Roxo - Paixão, depressão;

Lilás - Paz, espiritualidade e
realização.

Marrom (preferência) - Caráter mais regressivo; contato
com a realidade.

Quanto à intensidade e freqüência no uso das cores

Azul - Controle dos impulsos emocionais: predomínio da
razão.

Vermelho - Impulsividade.

Amarelo - Bom tônus vital, alegria. Recusa total da cor -Afetividade coartada

Segundo Eliade, a árvore- No nível arquetípico, aponta para o tema da Arvore do Mundo ou Axis-Mundo, que é um pilar genético de toda a criação; está plantada no meio do Jardim , no centro do Éden. É freqüentemente um símbolo de centralização da psique individual, do SELF e que pode ser visto como o sustentáculo do mundo.
Os sonhos em que se está no alto de uma árvore sugerem uma situação difícil, refletindo rituais de iniciação xamanísticos que por vezes eram descritos como se desenrolando nela. Em toda a história religiosa sempre desempenhou um papel importante. Entre os celtas, o culto do carvalho pelos druidas é bastante conhecido; em Uppsala, a velha capital religiosa da Suécia, havia um bosque sagrado onde todas as árvores eram consideradas divinas; os eslavos cultuavam árvores e bosques sendo que esse culto ocupava uma posição de destaque entre os cultos druidas e lituanos. Divindades femininas freqüentemente eram veneradas como árvores, daí por vezes, o culto das árvores e florestas sagradas. Para o primitivo, o mundo em geral é dotado de alma, assim, as árvores e plantas também a possuíam. Na Coréia, acredita-se que as almas daqueles que morrem de peste ou à beira da estrada, assim como as mulheres que morrem de parto instalam-se nas árvores; enquanto que na China, é costume se plantar árvores sobre a sepultura para fortalecer a alma do morto. Ela encontra ainda na sua simbologia a ligação com a Grande-Mãe que tanto é a doadora da vida como da morte, onde é um símbolo tanto da União com a mãe, que abraça e guarda o filho, como do próprio filho, que através dessa ligação com a mãe, recebe como castigo sua castração e morte. Possui ainda um caráter bissexual, uma vez que além de representar a mãe, também é um símbolo do falo. A vida humana, o desenvolvimento e o processo de transformação da consciência as vezes são simbolizadas pela árvore, que tem um significado mítico de guardiã do tesouro. O que é necessário que se atente é que a árvore não é a mãe, mas uma simbólica do arquétipo materno e a imagem da árvore envolta pela serpente é um símbolo da mãe protegida pelo medo do incesto. Existem vários mitos descrevendo os homens nascendo da árvore e a presença de uma fenda, já é suficiente para relacioná-la à mãe, pois a fenda eqüivale ao útero. Os Xamãs enterram seus mortos em troncos e o sepultamento em árvores tem o simbolismo de ser encerrado na mãe para poder "renascer." Para os maoris, ela tinha uma relação com o próprio destino dos homens sendo que após o nascimento, quando havia a queda do umbigo , os maoris o enterravam num local considerado sagrado e nesse mesmo local era plantada uma árvore que ficava sendo à partir de então, um "tohu oranga", ou signo da vida para a criança.
ÁGUA- Primordial, é considerada como sendo o ponto de partida para o surgimento da vida -toda a vida vem da água-, daí sua simbologia estar ligada à matrix -mãe -. É um símbolo do Gênese, do nascimento, e para os vedas é chamada de mâtrimâh, o que quer dizer: " a mais materna. Nos mitos dos heróis ela está sempre associada ao seu nascimento ou renascimento: Mitra nasceu às margens de um rio, enquanto que Cristo "renasceu" no Rio Jordão. Ela sempre nos reporta à origem. Prahmanda, o Ovo do Mundo é tido como tendo sido chocado na água e dele advém toda a criação. Associada ao banho e ao batismo, nos textos da alquimia está relacionada a operação da Solutio. É um dos símbolos do inconsciente, sendo que o ato de entrar na água e dela sair, possui uma analogia com o ato de mergulhar no inconsciente, enquanto que ser lançado à água é similar a ser entregue ao seu próprio destino. Sonhos em que o ego onírico guarda a água suja em seu quarto, simbolizam aceitação por parte do ego vígil dos aspectos obscuros de sua personalidade, de sua sombra. Caso o sonhador se veja tomando um banho, essa imagem parece estar associada a penetração da compreensão sendo que a temperatura da água pode nos dizer sobre a quantidade de "calor" que acompanha este processo. Enquanto um dos quatro elementos, é um símbolo do sentimento. As emoções também se encontram representadas na água. As ondas do mar corresponderiam ao movimento dessa mesma emoção.

Observando o tronco podemos supor que existe um trauma, ele também está simbolizando o numero um-

O um representa o individual, a unidade e as origens, simboliza o inicio de um processo. Como a semente única que dá origem á árvore, o um sugere o potencial para tornar-se muito mais. Pode sugerir a existência de um potencial que se expande com a psique.

Jung via o número um como a unidade, individualidade  e não dualidade, não um numeral,, mas um conceito filosófico, um arquétipo e um atributo de Deus, a mônada.

Representa também o mental, traduz um modo de pensar em que não há opostos. Tudo é vivenciado como uma unidade inconsútil, não interrompida por categorias.

Em termos psicológico, a experiência da unidade é algo pelo qual todos nós já passamos quando criança.

Antes da separação de nosso identidade do mundo da experiência, tudo era um.

Á medida que as pessoas amadurecem, as funções do pensamento, do sentimento, da sensação e da intuição tornam-se diferenciadas e disponíveis à consciência. A tendência mental experimentada por uma pessoa para quem somente uma das quatro funções é consciente ainda está muito próxima da mente do principiante.

Jung descreve esse é o tempo em que o homem ainda participa singelamente de seu ambiente, num estado de inconsciência não critica, submetendo-se às coisas como elas são.

Quando se cria uma mandala constituída por um só símbolo, ou desprovida de forma e preenchida apenas por um elemento, é possível que se esteja experimentando um estado de consciência , que virão á tona sentimentos de quando se era bem jovem.

O individuo poderá sentir-se passivo, feliz e amoroso. Quando adulto, ele identificará esse estado como transpessoal.

O numero um pode sugerir algo bem diferente, pode transmitir a essência da individualidade.

A mandala é tal qual um espelho, reflete os fatos e as possibilidades da própria existência singular, a integridade e a totalidade do individuo.

A cor escolhida do circulo é laranja que sugere a energia extraída de sua fonte, considerando o vermelho que é a energia bruta, o laranja pode representar a energia temperado pelo amarelo da intuição, do discernimento ou da reflexão.

A cor laranja é algo como o fogo dentro de limites estreitos.

De outro ângulo podemos considerar a cor laranja como a energia (vermelho) investida de uma relação como o pai (amarelo)

O laranja, portanto, tem a ver com auto afirmação, orgulho e ambição. Preocupações com o poder pessoal, ou com a falta dele, parecem estar implícitas no uso dessa cor nas mandalas.

O laranja pode refletir um esforço ativo, um forte sentido de identidade, e um saudável sentimento de afirmação.

Por outro lado, pode também simbolizar o uso voluntarioso do poder, uma atitude hostil com relação à autoridade, ou falta de autodisciplina.

Kellogg relata que uma mandala em que aparece a cor laranja reflete um sentimento ambivalente sobre a masculinidade e sobre os esforços do ego. Geralmente implica apego ao pai, podendo ser também reflexo de grande auto estima, ambição, e assim por diante.

Uma cor que está relacionado com o chacra umbilical, a cor da alvorada ou dos últimos raios do sol, Segundo chacra relaciona-se com o desenvolvimento da autonomia. Esse chacra parece estar relacionado com as experiências de crianças que estão começando a andar. O sentido de autovalorização, julgamentos sobre os efeitos de nossas ações sobre o ambiente, bem como a identificação do sexo,são próprios dessa fase do desenvolvimento. O aparecimento dessa cor numa mandala pode revelar uma preocupação contínua nessas áreas ou anunciar a reelaboração de algumas das escolhas feitas bem no inicio da vida.




Análise da mandala

A escolha do amarelo está relacionado ao chacra localizado atrás do umbigo, está associado com a autoconsciência ou com a emergência do ego como ponto de referencia. A cor desse chacra é o amarelo. Suas preocupações fazem lembrar as experiências da criança que deixa o lar e vai para escola. As questões dessa fase estão relacionadas com a independência e com a capacidade de aprender, pensar, planejar. Uma efetiva interação com o ambiente é importante para a pessoa que trabalha com as energias do terceiro chacra.
Nas mandalas, o amarelo pode revelar que chegou o momento certo para aprender. Expressa também o despertar da consciência sobre algo, ou a disposição para manter um ponto de vista pessoal. Pode também estar relacionado com lembranças de antigos eventos em que havia liberdade de ação.

Na mandala está representado pelo número três.

Sugere vitalidade energia e movimento.

Von Franz relata que está ligado ao principio do movimento intelectual e físico.

O Três simboliza qualquer processo dinâmico. A vitalidade do três seria a resolução do impasse da dualidade sugerida pelo dois mediante a criação de algo novo.

Para Pitagoras o três representa a completude, O três é importante porque assinala os estágios da vida de uma família e de seus membros.

Também pode representar o e4sforço do individuo para estabelecer sua identidade à parte da dos pais.

Frequentemente consideramos o ímpeto de independência algo típico da criança e do adolescente. No entanto, o três pode tornar-se proeminente nas mandalas toda vez que a energia que dá força ao pensamento e à ação independentes estiver a alta.

Quando os três das quatro funções estão separadas do inconscientes e disponíveis à consciência, o individuo experimenta uma tendência mental especifica.

Segundo Jung, o estado mental caracterizado pelo três denota percepção interior, a elevação da consciência e a redescoberta da unidade em um nível mais alto, Jung relata que o três sugere a predominância da ideação e da vontade.

Isto é determinado pelo fato de a quarta função permanecer oculta no mistério do inconsciente, enquanto três delas estão disponíveis na consciência do ego. A sabedoria de um ponto de vista simétrico, vem do contato com o inconsciente a partir da quarta função.

Nas mandalas é possível que se estejam experimentando vitalidade, entusiasmo e ânsia de independência. Algum aspecto da espiritualidade ou crença pessoal pode estar sendo expresso. O três pode anunciar o começo de uma jornada heroica pelas trevas, onde se encontrarão sábios ensinamentos por meio de sonhos, histórias ou descobertas surpreendentes sobre o próprio individuo.

Na mandala os três pássaros estão localizado na parte debaixo, simbolizando o inconsciente, denotando sentimento, pois está ligado ao elemento água.

Podemos verificar os da direita da esquerda e o do meu.

Sugere problemas na infância e conflitos, necessidades físicas e materiais, força dos desejos e dos instintos, obstinação teimosia.

Necessidade de materialização fixação à terra, fixação no concreto,  momento de transição.Mudança de crenças- ação.
ligado ao elemento água- De um lado água com a terra e do outro água com o fogo.

Um sentimento sensorial e o outro sentimento intuitivo.

Transição da fase solutio- 

Simboliza de modo geral as entidades psíquicas de caráter intuitivo e mental, pois é considerado como uma entidade sem corpo e alada. É um apropriado símbolo da transcendência. Pode ainda estar representando o SELF que surge como um princípio único, uma intuição da totalidade oriunda das profundezas do inconsciente. Por vezes é associado aos pensamentos autônomos que nos surgem para depois desaparecerem com relativa autonomia. É uma intuição profunda, a verdade invisível que se auto-realiza. Na alquimia, o pássaro encontra-se vinculado ao medo da morte, à separação da alma do corpo, que é a Sublimatio definitiva; sendo que existem representações medievais em que a alma deixa o corpo do morto em forma de pássaro. Nos tratados alquímicos, aparece como um guia em direção à experiência interior e os alquimistas os consideravam como formas gasosas de matéria sublimada, de forma que os espíritos, os vapores e as substâncias evaporadas eram simbolizados por eles, usando representações distintas de suas espécies. O pássaro SIMORG é um pássaro mitológico de imensas proporções e de cor preta que representa a alma coletiva de todas as aves. Na mitologia germânica, os pássaros pertencem a Wotan e na mitologia greco-romana a Apolo sendo que uma de suas características seria a capacidade de profetizar. Possui ainda o simbolismo de que seja um anjo.

A coruja está no passado-CORUJA- Ave de Atenas que simboliza a sabedoria. É ainda, um conhecido símbolo da morte e do cemitério além de ser o pássaro do destino.

No centro o Joaõ de Barro que É conhecido por seu característico ninho de barro em forma de forno. O joão-de-barro é tido como passarinho trabalhador e inteligente. Seu canto parece uma gargalhada (no Sul dizem que, quando ele canta, é sinal de bom tempo) e também dizem que ele faz o ninho na direção contraria da chuva, e é amigo de todos, lutando para salvar seu ninho, sua casa. É uma das aves de mais fácil observação nos locais onde ocorre pois além de não se afastar muito de seu território não é nem um pouco arisca, deixando o observador chegar a poucos metros de distância. Quando não está empoleirada desce ao solo, onde passa boa parte de seu tempo caminhando de modo bem típico alternado pequenas corridas com intervalos nos quais anda mais devagar.

Outro está em direção do futuro e está ligado ao elemento fogo, criatividade, socialização- visionário.

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