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Atividade Expressiva
Setembro - Modulo II - Mitos


Mito de Prometeu e Epmiteu

Ele era filho de Jápeto e de Ásia, irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio, e se tornou o progenitor de Deucalião. Uma outra vertente menos significativa aponta como pais de Prometeu a deusa Hera e o gigante Eurimedon. Este deus foi o co-criador, ao lado de Epimeteu, da raça humana, e a ela também se atribui o furto do fogo divino, com o qual presenteou a Humanidade.

Muito amigo de Zeus, o ardiloso Prometeu ajudou o deus supremo a driblar a fúria de seu pai Cronos, o qual foi destronado pelo filho. O dom da imortalidade não o impediu de se aproximar demais do Homem, sua criação – de acordo com algumas histórias, ele o teria concebido com argila e água, depois que seu irmão esgotou toda a matéria-prima de que dispunha com a geração dos outros animais, e lhe pediu auxílio para elaborar a raça humana.

Ele concedeu ao ser humano o poder de pensar e raciocinar, bem como lhes transmitiu os mais variados ofícios e aptidões. Mas esta preferência de Prometeu pela companhia dos homens deixou o enciumado Zeus colérico. A raiva desta divindade cresceu cada vez mais quando ele descobriu que seu pretenso amigo o estava traindo.
Segundo o relato mitológico, chegado o tempo da criação dos animais, decidiram os Deuses no Olimpo confiar a dois de seus pares, os irmãos Epimeteu e Prometeu (cujos nomes dos dois irmãos, também anota Fábio Konder, são compostos pelo radical do verbo manthanó - aprender, estudar. compreender - e os prefixos epi (após) e pro (antes), (assim. Epimeteu é o imprevidente, ou seja, “o que pensa depois”; Prometeu, “o que pensa antes”; o que planeja suas ações e os seus resultados), a incumbência de determinar as qualidades a serem atribuídas a cada espécie. Epimeteu propôs então a seu irmão que o deixasse fazer sozinho essa distribuição de qualidades e atributos entre as diferentes criaturas, ficando Prometeu encarregado de verificar em seguida se tudo havia sido bem-feito.

Obtido o acordo de seu irmão, Epimeteu pôs mãos à obra e passou a distribuir as qualidades, os atributos dados pelos Deuses, de modo a assegurar a todos os animais terrestres, apesar de suas diferenças, uma igual possibilidade de sobrevivência. Para evitar que eles se destruíssem mutuamente, atribuiu a certas espécies a força sem a velocidade, dando a outras, ao contrário, a velocidade sem a força.

Com os mesmos cuidados, a fim de protegê-los contra as intempéries, Epimeteu revestiu os animais de peles ou carapaças adequadas. Quanto às ação, no intuito de preservar o equilíbrio ecológico, decidiu que cada espécie teria o seu alimento próprio no reino vegetal, e que, quando certos animais servissem de pasto a outros, estes seriam menos fecundos que aqueles, de modo a garantir a sobrevivência de todo o reino animal.

Estava assim Epimeteu pronto a declarar terminada a tarefa, quando se deu conta, subitamente, de sua imprevidência: ele havia distribuído todas as faculdades disponíveis entre os animais irracionais, mas nada sobrara para compor o ser humano, que iria nascer nu e inerme. Foi nessa situação embaraçosa que Prometeu o encontrou, ao vir examinar se tudo havia sido bem-feito. Que fazer? Esgotadas as qualidades destinadas aos seres mortais, só restavam disponíveis os atributos próprios dos Deuses. Os atributos divinos. Numa decisão ousada, Prometeu sobe ao Olimpo e subtrai de Hefaísto e de Atenas o conjunto das técnicas, ou seja, a capacidade inventiva dos meios próprios de subsistência, a fim de entregar essa qualidade divina aos homens.
E assim fez. Sucedeu, porém, que os homens, embora munidos da habilidade técnica para produzir os meios de subsistência (peri ton bion sophian), revelaram-se desde logo incapazes de conviver harmonicamente uns com os outros, pois ignoravam a arte política (politika, sophia). Ora, esta era um atributo próprio de Zeus, e Prometeu já não tinha como voltar a escalar o acrópole e ludibriar a forte guarda pessoal do Deus supremo, para dele subtrair, como fizera com a técnica material, a nobre arte de governo.

Felizmente para a espécie humana, Zeus lançou os olhos à Terra e, compadecendo-se da situação aflitiva em que se encontravam os homens, ocupados em destruir uns aos outros em dissensões e guerras contínuas, temeu pela sua sobrevivência. Decidiu então enviar Hermes como seu mensageiro pessoal, recomendando-lhe que atribuísse aos seres humanos os sentimentos de justiça (dikê) e de dignidade pessoal (aidôs), sem os quais não há sociedade que subsista.

O nome Prometeu pode ser uma conjunção de vocábulos do grego arcaico que significam “o prudente” ou “o vidente”. Pró equivale a antes e manthanéin pode se traduzir por saber, sabedoria ou visão. Isto denota que ele apresentava o poder de predizer os fatos, tal qual um oráculo. Era filho do titã Jápeto e de Clímene, de acordo com Hesíodo. Ésquilo considera Têmis como sendo sua mãe. Possuía alguns irmãos, como Atlas, Menécio e Epimeteu.  Cronos, pai de Zeus, era irmão de Jápeto. Portanto, Zeus era primo de Prometeu. Zeus tinha como irmãos Posêidon, que se tornaria o rei dos mares, e Hades, que governaria o mundo subterrâneo ou dos mortos. Zeus, como se fosse o primogênito, ficou com o comando do mundo celestial. Era o mais venerado e poderoso deus da Grécia – seu templo em Atenas era grandioso, com 104 colunas coríntias de 17 metros de altura, com uma gigantesca estátua do deus em marfim e ouro. 
                                                                                      
O primeiro episódio protagonizado por nossos personagens ocorreu quando Prometeu resolveu presentear Zeus e os homens. Cada um receberia metade de um boi, sendo que em uma parte ele colocou apenas ossos sob a banha do animal, e na outra as vísceras – mais valiosas – cobertas pela pele. Zeus escolheu o monte com a banha, e foi enganado. Com muita fúria, Zeus aceitou a opção, mas como castigo tomou o fogo dos homens.
 O fogo simbolicamente representa a sabedoria. Os gregos tinham uma verdadeira obsessão pela busca da chamada verdade ou pelo conhecimento. Isso fica claro quando analisamos um culto muito famoso naquela época. A deusa da sabedoria, da inteligência, do ofício e da guerra justa era Atena Nike, uma virgem cuja veneração perdurou por mais de quinhentos anos. Seu templo, o Pártenon, surgia como o mais vistoso de todos. Localizado no centro da Acrópole de Atenas, seu nome significa algo como virginal ou casto. Era um imenso monumento simbólico onde as multidões veneravam a deusa-virgem pedindo a maior das dádivas: sabedoria frente às grandes questões da vida.

Prometeu não se conformou com a perda do fogo, pela humanidade.  Aproveitando um momento de distração dos deuses, roubou este elemento e o entregou  novamente aos homens. A partir daí a habilidade de construir casas de madeira e tijolos, e o domínio da escrita, da astronomia e da matemática passavam a ser acessíveis aos mortais, assim como a possibilidade de dominar os animais domésticos, de cultivar plantações e de criar objetos de arte.

Em represália, Zeus armou uma terrível vingança. Mandou Hefesto, o habilidoso deus ferreiro, construir uma mulher maravilhosa, com todos os atributos que os deuses poderiam lhe fornecer. Foi chamada de Pandora, ou aquela que tem todos os atributos – pan significa “todos” e dora são “dons”.  Afrodite a presenteou com as armas da sedução. Hermes com os poderes do convencimento. Atena ensinou-a como tecelar, e muitos outros imortais colaboraram na finalização deste artefato fascinante. Depois, ela foi presenteada a Epimeteu que imediatamente ficou apaixonado, e propôs casamento à jovem. Uma pequena caixa foi presenteada à Pandora por Zeus, em homenagem ao casamento. Era um baú ou cofre reduzido. O irmão do noivo, Prometeu, com sua visão profética, veio desesperadamente avisá-lo para tomar cuidado e não se casar, pois tudo aquilo possivelmente era um objeto de vingança. Mas não adiantou. Na noite de núpcias o presente de Zeus se abriu e tudo que estava dentro escapou. A chamada caixa de Pandora continha as mazelas, as desgraças, as aflições e todas as formas de maldade e azar  podem acometer a humanidade, e agora tais entes estavam livres para atacar as almas das pessoas em geral. A vingança de Zeus havia triunfado. Pandora fechou rapidamente a caixa, mas não evitou que todas as perversidades saíssem. Este gesto impediu que um último elemento escapasse: a esperança.

Em relação a Prometeu, Zeus foi mais impiedoso. Ordenou que Hefesto o acorrentasse no monte Tártaro, perto dos portais do Hades. Ali, perante o céu infinito, ele sofreria o ataque diário de uma águia gigante, que vinha e devorava seu fígado. A noite este órgão se regenerava, para ser novamente destruído pela ave no dia seguinte. Isto deveria perdurar por toda eternidade, mas depois de muito tempo Héracles, também conhecido como Hércules, matou a águia e libertou Prometeu de suas algemas.

 

Atividade Expressivas para trabalhar esse mito faremos uma atividade com “Luminária”
“ È preciso ensinar-lhes o segredo de fazer fogo”.
Podemos denominá-los como reflexos de nossas ações.Trabalharemos as questões combatividade, capacidade de defesa dos próprios pontos de vista, o aumento da auto confiança, o reconhecimento de potenciais e talentos, além de ajudar a ter foco e trabalhar o medo.

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